- Como te sentes?
- Não o conheço... Onde estou?
- Como te sentes?
- Quem é o senhor? Nós conhecemo-nos?
- Conhecemo-nos.
- Conhecemo-nos? De onde? Não me lembro da sua cara...
- É normal. Daqui a nada já me reconheces.
- Onde é que eu estou?
- Em casa.
- Isto não é a minha casa! E quem é você? parece-me que não o conheço mesmo de parte alguma!!!
- Ah! A revolta. Tudo normal.
- Que conversa é essa? A minha mulher? Os meus filhos?
- Estão bem, estão bem... quer dizer, dadas as circunstâncias... um pouco preocupados, nada de mais.
- Que sitio é este onde estou? Quero ir-me embora! Exigo!
- Ahahaha!!!
- Está a ouvir-me?! Quero ir embora!
- Não te estou a prender. Mas temo que tal não seja possível. E por isso, evita debateres-te. Há vezes em que parece que dói... Não que eu o saiba por experiência pessoal mas já me informaram.
- Mas quem é você? Vai fazer-me mal? Não tenho medo! Não tenho medo!
- Claro que não, que disparate!
- Então deixe-me ir, prometo que o compensarei, que esqueço este bocado, esta coisa...
- Relaxa. E descansa. Tenho tempo e tu também.

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